UE analisa criar seu próprio BLUECARD

UE analisa proposta para criar seu próprio Green Carcf, no caso Blue Card.
A União Europeia (UE) pretende criar um cartão azul ("Blue Card") para atrair imigrantes altamente qualificados com benefícios financeiros e habitacio¬nais, além de menos burocracia.
O bloco de 27 países tenta competir com o "Green Card" americano e inicia¬tivas de outros países desenvolvidos na disputa pela mão-de-obra estrangeira mais capacitada, cada vez mais importan¬te nessas economias ricas por causa do envelhecimento da população nativa.
O novo esquema, proposto no dia 23 de outubro 2007, pela Comissão Euro¬peia (órgão executivo da UE), ofereceria aos candidatos uma via rápida para obter vistos de trabalho.
Também haveria facilidades para que o imigrante trabalhe em outro país da UE, receba seus parentes, tenha acesso a mo¬radias públicas e facilidades para obter o visto de permanência definitiva.
Mas, para se candidatar a um Blue Card, o imigrante precisaria ter contrato de trabalho de pelo menos um ano na UE, recebendo mais que o triplo do sa¬lário mínimo local, além de seguro-saúde.
Os critérios mínimos seriam comuns a to¬dos os países do bloco, e cada um teria direito a fazer outras exigências.
Antes de entrar em vigor, o novo sis¬tema precisa ser aprovado por todos os 27 países da UE, e em alguns deles - es¬pecialmente na Alemanha - deve haver resistências.
Segundo o projeto, o objetivo da pro¬posta é "melhorar a capacidade da UE de atrair e, onde necessário, manter traba¬lhadores altamente qualificados".
"A UE como um todo parece não ser considerada atraente por profissionais altamente qualificados num contexto de competição internacional altíssima", diz o texto, referindo-se particularmente aos EUA e ao Canadá.
O Blue Card implicaria na unificação dos pedidos de residência e trabalho na UE. Assim, um imigrante que der entrada no pedido de visto em um Estado-membro já não poderá fazer o mesmo em nenhum dos outros 26 integrantes do bloco. Isso acabaria com a possibilidade de que alguém negado por um país seja aceito por outro.

Jovens poderão ter facilidade para obter o blue card
O documento seria válido por até dois anos, renováveis, mas poderia ser cance¬lado caso o detentor perca o emprego e passe mais de três meses desemprega¬do. Depois dos primeiros dois anos, o cartão também permitiria que o imigran¬te trabalhasse em outro país da UE, sem a necessidade de pedir um novo visto.
O estrangeiro com um Blue Card seria tratado como os cidadãos da UE no que diz respeito a benefícios fiscais, assistên¬cia social e pagamento de pensões quan¬do se transferir a outro país.
Outra vantagem para o imigrante é que, diferente do Green Card americano,
"Cartão Azul" permitiria sair e entrar na UE sem restrições durante sua validade. O documento dos Estados Unidos anula os direitos do portador que passa mais de seis meses fora do país.
Para o comissário europeu de Justiça e Interior, Franco Frattini, essa facilidade para que o imigrante retorne periodica¬mente a seu país de origem é fundamen¬tal para prevenir a chamada "fuga de cé¬rebros" de países em desenvolvimento.
"Dessa forma, o que há é um inter¬câmbio de conhecimentos. O trabalhador que vem à Europa logo pode contribuir em seu país com o que aprendeu aqui e depois retornar à UE trazendo conheci¬mentos que adquiriu em seu país" - disse o comissário à BBC (leia a matéria com¬pleta) .
A Comissão Europeia também vai propor facilidades para a obtenção do Blue Card por jovens imigrantes.
Os menores de 30 anos precisariam ganhar apenas o dobro do salário míni¬mo, e não o triplo. Os governos também poderiam suspender a exigência salarial caso o candidato tenha se graduado ou pós-graduado num país da UE.
Caso o esquema seja aceito, os países da U E terão dois anos para implantá-lo.
O Globo Online Agências internacionais

Veja a reportagem sobre a Politica do Governo Francês para com os imigrantes ilegais:

Extraido do site - http://www.pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=7328&ida=2

• Na sua campanha eleitoral, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, expôs com todas as letras que pretendia reprimir os imigrantes ilegais no seu país. Antes mesmo das eleições, durantes o levante da juventude de origem imigrante nas periferias de Paris, em 2005, Sarkozy já tinha se referido aos jovens como “escória”.

Uma vez eleito presidente, o direitista pôs em marcha sua política racista e criou o Ministério da Identidade Nacional, Imigração e Integração, cujo objetivo – dito aos quatro ventos pelo ocupante da pasta, Brice Hortefeux – é expulsar 25 mil estrangeiros em situação irregular até o final de 2007. Algo que foi bastante elogiado pelo fascista francês Le Pen. Assim, pouco a pouco cai por terra o mito da França dos direitos humanos e de suas instituições de “referência mundial da cidadania”.

A absurda política de Sarkozy já fez sua primeira vítima. Segundo uma reportagem do jornal espanhol El Pais, uma criança de 12 anos foi parar num hospital depois de ter caído de um prédio, a 14 metros de altura, quando fugia da polícia, no meio de uma operação de expulsão. A operação ocorreu num subúrbio pobre da França e envolveu 15 agentes policiais. A criança, de origem chechena, tentou seguir seu pai que fugia da polícia pendurando-se na parede traseira do edifício, agarrado a tubos de canalização. No entanto, o jovem caiu e se encontra em estado grave num leito de hospital.

“Você acredita que era preciso mandar 15 agentes, bater violentamente na porta e reclamar os serviços de um serralheiro para forçá-la? Por acaso os Demski eram perigosos gangsters armados até aos dentes?”, questionou o advogado Jacques Vergès.

A esse exemplo de repressão aos imigrantes da Europa, cuja política de Sarkozy é a ponta de lança, pode se somar outros absurdos cometidos contra imigrantes na Espanha e Alemanha. Todos esses países gastaram milhões de euros e criaram organismos especiais para acabar com a imigração ilegal.

Segundo informações das agências de notícias internacionais, um de cada quatro nascimentos na Espanha em 2010 será de mães estrangeiras. Nesse contexto, o governo adota políticas repressivas cada vez mais duras, repatriando mais de 25 mil imigrantes que entraram de maneira ilegal no país, especialmente aqueles que fogem da miséria que assola os países da África subsaariana.

Outros ainda, encontram a morte ao tentar cruzar a fronteira. No ano passado, forças repressivas da Espanha e do Marrocos assassinaram a balas 15 imigrantes africanos, em Celta.

Ao longo dos anos 1980, os países africanos foram depredados pela exploração das multinacionais do “imperialismo civilizado” europeu. Graças ao receituário econômico do FMI, aplicado servilmente pelos governos da região, o continente africano se tornou depósito de lixo tóxico das grandes multinacionais, como é caso da Costa do Marfim. A ampliação da miséria resultou também em extensos campos de refugiados a céu aberto para conter os milhares de africanos que pretendem seguir para a Europa para viver de seu trabalho, em busca de “uma vida melhor”.

Um novo proletariado
Atualmente, os imigrantes são componentes de peso do proletariado europeu pauperizado e precarizado pela globalização. Nos anos 1980, passou a haver uma imigração massiva, tanto dos países semicoloniais como do Leste europeu – por causa da restauração do capitalismo –, como dos países africanos. Isso levou um fluxo impressionante de imigrantes aos países da Europa.

Esse processo impressionante causou modificações no proletariado a ponto de os imigrantes serem majoritários em alguns setores. Na Alemanha, existem 650 mil turcos, e as assembléias metalúrgicas são realizadas em duas línguas (alemão e turco). Na Espanha, a presença de marroquinos é maciça na construção civil.

Por outro lado, os governos imperialistas atuam de maneira dúbia em relação aos imigrantes. Como necessita da imigração para assegurar o funcionamento de suas empresas, por meio de uma mão-de-obra barata e dispensável, não aceita uma verdadeira integração, exatamente para que os imigrantes não tenham os mesmos direitos dos trabalhadores nascidos na Europa. Mas, ao mesmo tempo, a burguesia ataca e reprime os imigrantes para dividir politicamente os trabalhadores. Esse papel cabe normalmente à extrema-direita, com toda sua verborragia xenófoba de que “os imigrantes ocupam os empregos” dos trabalhadores nativos, que impedem o “desenvolvimento econômico” e uma porção de outras ideologias. Por isso, vêm sendo estabelecidas leis cada vez mais repressivas para expulsar os imigrantes.

Os bairros que explodiram na França, são bairros operários. Os que saíram queimando carros são franceses descendentes de imigrantes, entre os quais o desemprego alcança 40%.

Revoltas e manifestações como as que eclodiram na França em novembro de 2005 podem ter sido apenas o anúncio de algo maior que está por vir.

[ 3/9/2007 12:07:00 ]

França, Espanha e Itália preparam-se para delinear uma estratégia conjunta

Os três países preparam-se para delinear uma estratégia conjunta de repatriamento colectivo de imigrantes clandestinos, anunciou hoje 8/1/2008 o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Apesar de estar em curso uma estratégia para expulsar os emigrantes ilegais dos três países europeus, Sarkozy sublinhou que, tanto o seu governo, como o de José Luís Zapatero e de Romano Prodi estão empenhados em continuar com os processos de legalização.

O presidente francês - que se congratulou com a concertação em política de imigração entre países europeus - defende uma política de regularização da situação dos imigrantes por quotas.

A França pretende passar a favorecer a imigração com objectivo de trabalho em detrimento da familiar, num projecto considerado inaceitável por diversas organizações de direitos humanos.

No entanto, sondagens revelam que 74 por cento dos cidadãos franceses são favoráveis a esta política de quotas.

Em 2007, cerca de 24 mil imigrantes clandestinos foram expulsos do território francês, esclareceu o ministro da Imigração Brice Hortefeux. O Governo tinha inicialmente previsto expulsar 25 mil.