Em cidades, que não podem ter mais de 50 mil habitantes, como Orvieto (foto), italianos desenvolvem uma filosofia de vida baseada no respeito às tradições, na sustentabilidade, mas que não prescinde dos avanços tecnológicos. Foto: Info BolsenaEm meio aos seus encantos medievais, ou radiantes e belas pela própria natureza, as cidades lentas italianas fazem escola e a proposta espalha-se pelo mundo. Inclusive, no Brasil, a cidade de Antônio Prado, no Rio Grande do Sul, um dos pólos mais representativos da imigração italiana no Estado, procura seguir essa orientação. A associação que congrega as comunidades integrantes do movimento tem regras muito rigorosas e há inúmeras exigências para que uma cidade ostente o cobiçado selo “città slow”, um caramujo. A partir do próximo ano, será disponibilizado um manual para os administradores que quiserem integrar a rede e se submeter à fiscalização dos inspetores italianos. A partir de primeiro de dezembro, ocorre, em Greve in Chianti, a primeira Assembléia Internacional das città slow.


Em última análise,mais do que um conceito, città slow é uma filosofia de vida. Que implica exatamente na busca do bem-estar, de viver melhor. E quem quiser ter uma noção mais palpável disso precisa ir à Itália, onde estão as raízes do movimento. Veja, abaixo, a lista das cidades que integram a associação que reúne as cidades que:

1. Implementam uma política integrada, visando manter e desenvolver as características ambientais e do tecido urbano, valorizando as técnicas de preservação, recuperação e reutilização.

2. Implementam uma política de infra-estrutura, voltada para o aprimoramento do uso da terra e não para sua simples ocupação.



Positano, na costa Amalfitana, é outra das cidades italianas que integram a rede que privilegia o bem viver. Foto: Comune Positano3. Promovem o uso das tecnologias orientadas à melhoria da qualidade do ambiente natural e urbano.

4. Incentivam a produção e o consumo de produtos alimentares obtidos a partir de técnicas naturais e compatíveis com o meio ambiente, excluindo produtos trangênicos. Estabelecem, onde necessário, procedimentos e fomento para salvaguardar e desenvolver produtos típicos ameaçados de extinção, em estreita colaboração com o "Projeto Arca" e com os "Presidia Enogastronômicos" do "Slow Food".

5. Oferecem salvaguarda para a produção autócne enraizada na cultura e no modo tradicional do fazer, fortalecendo a identidade local, preservando costumes e promovendo, através de eventos, o contato direto entre os consumidores e os produtores de qualidade.

6. Promovem a qualidade da hospitalidade como elo real entre o visitante e a comunidade local com as suas características, removendo obstáculos físicos e culturais que possam prejudicar o completo e amplo uso dos recursos da cidade.



Administradores, como os da comune de Bra, perseguem a utopia da cidade utópica, a exemplo do escrito Italo Calvino. Foto: Comune Bra7. Promovem a conscientização de todos os cidadãos, de que eles vivem numa "Cittaslow", especialmente dos jovens e das escolas, por meio da educação do paladar

List of Slow Cities in Italy

Abbiategrasso
Acqualagna
Anghiari
Barga
Borgo Val di Taro
Bra
Bucine
Caiazzo
Casalbeltrame
Castelnovo ne' Monti
Castelnuovo Berardenga
Castiglione del Lago
Chiavenna
Chiaverano
Città della Pieve
Civitella in Val di Chiana
Cutigliano
Fiumicino
Fontanellato
Francavilla al Mare
Giffoni Valle Piana
Greve in Chianti
Guardiagrele
Levanto
Massa Marittima
Montefalco
Orvieto
Pellegrino Parmense
Pollica
Positano
Pratovecchio
San Daniele del Friuli
San Gemini
San Miniato
San Vincenzo
Santa Sofia
Suvereto
Teglio
Todi
Torgiano
Trani
Trevi
Zibello


Materia Extraida da Revista ORIUNDI